Quando a tarifa bate na porta, é a sua tecnologia que tem que abrir

Por Daniel Vidigal, Fundador e CEO da Ivory.

Tarifas de até 50% foram aplicadas sobre produtos brasileiros, incluindo café, carne, suco e engenharia pesada. O governo brasileiro levou o caso à OMC, considerando alternativas jurídicas e comerciais, além de pacotes emergenciais para setores atingidos. Tudo certo. Tudo previsível. Tudo lento.

Mas vamos cortar a formalidade: pra quem lidera operações, supply chain e tecnologia, a pergunta é outra:

Sua empresa consegue reagir com velocidade, dados e decisão?

Quando a cadeia trava, quem tem tecnologia vira rei

A crise escancarou o que já era sabido: cadeias de valor longas, dependentes e sem integração técnica estão vulneráveis. E não é falta de aviso. A questão é: você transformou seus dados logísticos em decisão? Ou segue com BI que não responde quando o imposto dobra?

Aqui é onde tecnologia deixa de ser TI e vira sobrevivência:

  • Simulação de impacto tarifário em tempo real
  • Repriorização de rotas logísticas baseadas em risco comercial
  • Automatização fiscal e contábil com reconfiguração de margens por canal e destino
  • Redesenho de produto para manter exportabilidade sob novas condições

 

Quem não tem isso? Vai pra fila do plano emergencial.

“Resiliência” não se compra. Se constrói com método.

Muita empresa vai culpar o cenário externo. Outros vão abrir planilha e gritar por soluções. Mas só quem construiu musculatura digital, com dados limpos, processos integrados e automação de verdade, vai atravessar o furacão com margem.

Esse é o ponto onde tecnologia sai do PowerPoint e vira tática executiva:

Não adianta ter ERP se ele não simula impacto fiscal. Não adianta ter BI se ele não conecta com seu pricing. Não adianta gritar digital se o seu supply ainda roda em Excel com lag.

O que CEOs, COOs e CTOs precisam perguntar agora

  1. Quais são meus produtos mais vulneráveis a tarifas e quais são minhas alternativas?
  2. Meus sistemas conseguem recalcular margens com novos cenários tributários em 24h?
  3. Tenho visibilidade completa da cadeia até o destino final?
  4. Qual parte do meu valor ainda está terceirizada em países sob risco?
  5. Minhas áreas de operação e tecnologia estão sincronizadas ou ainda disputam o Wi-Fi?

 

Se você não consegue responder tudo acima sem abrir 12 abas, a tarifa é o menor dos seus problemas.

Tecnologia consultiva é aquela que te mostra onde vai doer

Na Ivory, a gente não vende software por quilo. A gente entrega visão, operação e impacto real com base em tecnologia que antecipa problema. Não é sobre vender sistema. É sobre não deixar você ficar parado quando o mundo muda de regra.

E se tem uma regra nova agora é essa:

Quem depende de contexto externo, perde agilidade. Quem depende de sorte, perde mercado. Quem depende de planilha, perde tempo.

O resto é retórica.

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