Ivory Nexus
Coluna do CEO
Você já usava low-code há 30 anos… e agora pode usar a inteligência artificial também
Você era um programador low-code antes mesmo do termo “low-code” sair da cabeça de algum marqueteiro em Seattle. Não sabia? Relaxa. Nem o Gartner.
Aliás, vamos falar sobre o Gartner, essa entidade mística do mundo corporativo. Pense no Gartner como o Vaticano da tecnologia empresarial: não cria nada, mas define o que é santo, o que é herege e quem pode ser canonizado como “tendência do ano”.
O processo é sempre o mesmo: uma tecnologia aparece, geralmente meio tosca, feita por nerds entusiastas e ignorada pelo board. Ela funciona mal, mas funciona. Aí ela começa a ganhar adeptos, vira assunto em blogs obscuros, os primeiros cases aparecem, e então… bam! O Gartner descobre, batiza com um nome bonito — tipo “Hyperautomation” — e é plugada no famoso Quadrante Mágico™.
Pronto, agora ela é legítima. Agora pode ser vendida por um executivo de alguma startup usando um PowerPoint com 60 slides. A tecnologia pode existir há 15 anos, mas só quando o Gartner fala é que ela “existe de verdade”. Antes disso? Era só bagunça de TI, gambiarra de planilha, curiosidade de nerd.
É assim que funcionam as disrupções: começam como piada, viram aposta e terminam como grandes iniciativas abraçadas por grandes players. Então, acredite: se você construiu seu primeiro sistema de controle de estoque no Lotus 123 nos anos 90, você estava na frente. Só faltava o Gartner para te dizer que aquilo era o futuro. Agora que eles disseram, aproveite e finja que sempre soube.
O ciclo é sempre o mesmo
A tecnologia tem um vício estranho: ela odeia parecer velha. Então ela se reinventa constantemente. Mudam os nomes, surgem siglas, os slides de PowerPoint ganham fontes modernas, e o que antes era “planilha com fórmula” vira “aplicação inteligente”.
O low-code é o rebranding mais bem-sucedido da última década. Pegamos práticas que existem há mais de 30 anos e demos uma nova roupagem. Chamamos de “democratização do desenvolvimento”, ou algo igualmente empolgante, para justificar o fato de que agora qualquer pessoa com um mínimo de bom senso pode montar um aplicativo em minutos.
Nos anos 90, isso já acontecia. A diferença é que ninguém te dava um selo de “Citizen Developer” por isso. No máximo, você ganhava o respeito do setor financeiro porque sua planilha fechava o mês. Agora, essa mesma pessoa pode criar dashboards com IA, gerar relatórios em tempo real e automatizar fluxos com uma interface visual. E o melhor: tudo isso sem precisar entender nada de código. Bem-vindo à nova revolução que já começou antes de você perceber.
O low-code é a versão 2025 das macros de 1995
O que estamos vivendo hoje é a evolução natural do que começou com o Excel. A IA entrou no jogo não como uma substituição, mas como um acelerador. Não se trata mais de entender o que o dado está dizendo — a inteligência artificial faz isso por você, em tempo real, com insights preditivos que antes exigiriam uma equipe de analistas e semanas de trabalho.
A mudança não é apenas tecnológica. É de mentalidade. A IA incorporada nas plataformas de low-code não está apenas te ajudando a ser mais produtivo. Ela está te libertando da necessidade de depender de TI para tudo. E isso muda completamente a dinâmica de poder dentro das organizações. A pessoa do RH que antes esperava três semanas por um relatório agora monta o próprio dashboard. O analista de logística que vivia frustrado com o sistema legado agora cria um app em dois dias e integra com o ERP sem precisar chamar ninguém do suporte.
Estamos falando de autonomia. De velocidade. E, acima de tudo, de inteligência aplicada onde antes só existia improviso.
O Problema das ferramentas subutilizadas
Agora vamos ao elefante na sala: as empresas compram ferramentas incríveis, pagam caro por licenças robustas como o Microsoft Power Platform, e depois… esquecem. Elas instalam, treinam meia dúzia de pessoas, colocam um slide no comitê de inovação e seguem a vida como se tivessem resolvido a transformação digital com uma assinatura anual.
Na prática, a plataforma vira mais um ícone na área de trabalho. O potencial está lá, mas ninguém sabe como usar. É como dar uma Ferrari para alguém que só dirige kart. Você pode até sair do lugar, mas não vai explorar nem 10% da máquina que tem nas mãos.
É aqui que o problema deixa de ser técnico e vira estratégico. As empresas não falham por falta de tecnologia. Elas falham por falta de visão. E visão, diferente de software, não dá pra baixar.
O Valor está em quem traduz, não em quem compra
É aqui que entra a Ivory. Nosso trabalho não é vender inovação. Isso o mercado já faz sozinho, com eventos, e-mails em massa e promessas mágicas. Nosso trabalho é mais sujo e mais nobre: a gente entra onde as coisas emperram, escuta quem realmente opera o sistema, entende os fluxos invisíveis e transforma isso em soluções reais.
Enquanto todo mundo fala em inteligência artificial, a gente constrói inteligência prática. Enquanto a maioria tenta parecer digital, a gente entrega digital. E isso faz toda a diferença.
Não importa se você está usando macros no Excel, tentando entender o Power Automate ou explorando IA generativa: o que importa é que você precisa de resultado. E resultado só vem quando você conecta três coisas que quase nunca andam juntas — tecnologia, operação e cultura.
A realidade dura: Ou você evolui, ou vira parte do legado
Aqui vai uma verdade incômoda: se você está liderando uma empresa, uma equipe ou um projeto, e não está explorando low-code com IA de forma inteligente, você está ficando para trás. Mais do que isso: você está virando parte do problema que sua equipe vai tentar resolver com ferramentas que você nem entende.
A boa notícia?
Ainda dá tempo de mudar. Ainda dá tempo de transformar sua planilha em produto, seu fluxo manual em aplicação, sua inércia em vantagem competitiva.
A má notícia?
Se você não fizer isso agora, alguém vai fazer no seu lugar. E vai ser mais rápido, mais barato e com menos ruído.
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